segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Natal do Senhor

Instituída no glorioso reinado do Papa São Júlio I (que governou a Santa Igreja do ano 337 ao ano 352) a Solenidade do Natal do Senhor é a segunda mais venerável comemoração no calendário litúrgico da Igreja, dando fim ao Tempo do Advento e início ao Tempo do Natal (que se estenderá até o dia 08/01/2018, na festa do Batismo do Senhor).
Quis a Divina Providência que não tivéssemos a certeza do dia exato no nascimento de Seu Filho, afinal:

“Alegremo-nos todos no Senhor: hoje nasceu o Salvador do mundo, desceu do céu a verdadeira paz!” (Antífona de Entrada da Missa da Noite do Natal).

Significa isso que não estamos falando de um simples fato do passado, mas sim de algo que acontece agora, diante dos nossos olhos. A Sagrada Liturgia tem esse poder: o de real e verdadeiramente tornar presente um acontecimento, um mistério, um desígnio de Deus, que, temporalmente, se deu no passado.
Dito isso, demos atenção a um detalhe mencionado no primeiro parágrafo; a Solenidade do Natal dá início a um novo tempo litúrgico, o Tempo do Natal, em que nós (a Igreja) meditamos na manifestação de Jesus: Deus assumiu a nossa humanidade, se fez carne, se manifestou entre nós.
Sendo assim, faço desse texto um convite: imitar A Mulher, que foi preparada pelo próprio Deus, A que melhor se preparou para receber o Senhor e também A que soube melhor aproveitar o tempo da manifestação do Deus feito Homem:

"Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração." (Lc 2, 51)

Ela o fez na oração, na meditação, e meditar um mistério da fé nada mais é que: com a graça, com o auxílio de Deus, buscar enxergar e compreender a Verdade, o amor de Deus por nós, que está, sem dúvida, expresso no mistério meditado. Portanto façamos como Nossa Mãe e Senhora e vivamos esse tempo meditando as Verdades da fé. Para isso, façamos um propósito sério diante de Deus e nos comprometamos a conhecer o Senhor e o imenso amor com que fomos amados. Isso, podemos fazer pela meditação do Evangelho do dia, proposto pela Santa Igreja, ou pelo Santo Rosário, que abarca boa parte das festas do Tempo do Natal, que são cinco: O Natal; A Sagrada Família; Santa Maria, Mãe de Deus; Epifania do Senhor e Batismo do Senhor.
Meditar os mistérios, as Verdades da fé é o meio mais eficaz de ter o tão falado e almejado “Encontro com Jesus”, e, para os que ainda estão iniciando a sua vida Cristã, busquem aprender a rezar, nada é mais importante que isso, pois, é só pela oração (e pela boa oração) que Jesus pode nascer verdadeiramente em nossos corações. Já dizia Sto Afonso Maria de Ligório: Quem reza se salva, quem não reza se condena.

Para aprender a rezar opções não faltam, deixo aqui duas:

·         O livro “Para Estar com Deus”, do Pe Francisco Faus (disponibilizado gratuitamente na internet pelo próprio Pe Faus) à http://www.padrefaus.org/wp-content/uploads/2017/11/ESTAR-COM-DEUS.pdf

·         O curso “Ensina-nos a Orar” do Pe Paulo Ricardo (também gratuito) à https://padrepauloricardo.org/cursos/ensina-nos-a-orar



    Que pela oração, o Senhor possa ter o Seu Natal em nossos corações, tão pobres como a gruta em que Ele nasceu há dois mil anos!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Solenidade da Imaculada Conceição de Maria

   Olá, meu nome é Beatriz Vilardo e vim falar um pouco sobre a Imaculada Conceição, dia especial para a Igreja Católica e de festa de guarda - apesar de não ser feriado e, este ano, não cair em um domingo.
    A festa da Imaculada Conceição é celebrada no dia 08 de dezembro desde 1854, quando o então Papa Pio IX reconheceu e declarou, através da bula Ineffabilis, “Maria isenta do pecado original” um dogma da Igreja. O título de Imaculada Conceição traduz perfeitamente este pilar da fé, que diz que Maria foi concebida, ainda no ventre de Sant’Ana, sem mancha. Ou seja, Maria foi salva ainda no ventre de sua mãe, ao ser preservada do pecado original.
    Apesar de o dogma só ter sido proclamado dezessete séculos depois do início da Igreja, a certeza da pureza de Nossa Senhora está presente na fé cristã desde muito tempo. Assim como, há tempos, Maria era comparada à Eva. Não por acaso. Ambas eram virgens, imaculadas e prometidas a um homem. Através das duas, o destino da humanidade havia de mudar, o que fazia de ambas a porta para algo novo.  
    Entretanto, se através de uma a perdição entrou no mundo, pela outra veio a salvação. Não é à toa que Maria é chamada Nova Eva e que o anjo a saudou “Ave” – Eva ao contrário e cumprimento, na época, utilizado para pessoas da realeza, ou seja, uma saudação que resumia duas características de Maria.
    Muitas pessoas confundem a festa da Imaculada Conceição com a concepção de Jesus no ventre de Maria. Mas a verdadeira festa celebra a concepção de Maria no ventre de sua mãe, sendo redimida, por Deus, a partir da preservação de sua alma.
    A fim de confirmar o caminho que estava sendo tomado, a própria Virgem apareceu primeiro à Santa Catarina Labouré, pouco antes da proclamação do dogma, em 1830, e pediu que cunhasse uma medalha com a oração “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. E depois, apareceu à Santa Bernadette, em Lourdes, em 1858, e disse “Eu sou a Imaculada Conceição”.
    Que nós tenhamos essa verdade em mente, e que nunca deixemos de recorrer à Maria, pedindo sua intercessão, na certeza de que ela foi preservada do pecado original para que Jesus pudesse vir ao mundo através de um ventre puro, assim como Ele.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

O Tempo do Advento

Maranatá, vem Senhor Jesus!

Salve Maria! Me chamo Marcos Paulo Vieira Mendes, tenho 18 anos e estou na Paróquia da Catedral há um pouco mais de um ano. Assim que cheguei, fiz o JoAM e me apaixonei pelo curso! Nele fiz verdadeiros amigos e lancei minhas raízes na Paróquia através do Setor Juventude. Assumi a coordenação dos Coroinhas e sirvo nas Missas como Cerimoniário. Nasci e cresci numa família católica, e isso me ajuda enormemente em minha caminhada.
Venho através deste texto falar sobre um tempo muito especial para a Igreja: o tempo do Advento! O Advento é o primeiro tempo do ano litúrgico e acontece antes do grande tempo do Natal. O Advento nos introduz no Mistério da Encarnação do Verbo. Este tempo é constituído de quatro (4) semanas. Os dois principais tempos litúrgicos da Igreja Católica são: o Tempo do Natal e o Tempo da Páscoa. O Advento é para o Natal o que a Quaresma é para a Páscoa.
Os primeiros indícios históricos do Advento provém do século V através de São Perpétuo, Bispo de Tours, que tinha o costume de jejuar nos três dias que antecediam a Solenidade do Natal. Outro relato também desse período, é da ‘‘Quarema de São Martinho’’ que consistia em quarenta (40) dias de jejum em preparação para o Natal. Recebe este nome pois inicia-se no dia seguinte à festa de São Martinho. São Gregório Magno foi o primeiro Papa a redigir um ofício para o Advento, e o Sacramentário Gregoriano é o mais antigo em prover missas próprias para os domingos desse tempo litúrgico.
No século IX, a duração do Advento reduziu-se a quatro semanas, como se lê numa carta do Papa São Nicolau I aos búlgaros. E no século XII o jejum havia sido já substituído por uma simples abstinência.
O Advento é um tempo rico de espiritualidade. Ele nos faz repensar a nossa vida, rever como estamos vivendo e nos recordar que a Igreja vive numa constante espera pela segunda vinda de Cristo, assim como vivemos essas quatro (4) semanas numa ansiosa espera pela chegada da grande Solenidade do Natal do Senhor. O Advento não possui o caráter penitencial da Quaresma mas, é propício para uma avaliação de nossa vida e para a adoção de um novo caminho, caminho que nos conduz a Ele.
 Algumas figuras bíblicas são contempladas durante o Advento como exemplos a serem seguidos, de espera confiante no Senhor. A Virgem Maria: pelo seu sim aos planos Divinos, sua enorme e verdadeira humildade; Sua prima Santa Isabel: pelo exemplo de alguém que recebeu de Deus um grande presente já em sua velhice e pela graça de receber em sua casa a Mãe do Senhor; São João Batista: precursor do Salvador. Preparou os caminhos do Senhor e anunciou aos judeus a chegada do Messias; e, por último, o profeta Isaías: fez diversas profecias sobre a chegada do Messias quinhentos (500) anos antes do nascimento de Cristo.
Desejo que você possa aproveitar muito bem esse Advento, como se fosse o primeiro e o único de sua vida. Que o Menino Deus nasça em seu coração e renove sua vida, lhe preparando para aguardá-lo, em santidade, até que Ele venha.


‘’Rorate Caeli desúper et nubes plúant justum’’
(Derramai, ó céus, o vosso orvalho do alto, e as nuvens chovam o Justo)

Pensando o futuro

     “Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter, como todo dia nasce novo em cada amanhecer” . Depois de passarmos das festas de final de...