"Como viver a vida profissional sem deixar de ser jovem cristão?"

Meus amigos, a paz de Jesus esteja com vocês! Meu nome é Luís Augusto e sou conhecido como Guto Oliveira. Tenho 25 anos e sou formado em Administração de Empresas pela Faculdade Arthur Sá Earp (FASE). Vou relatar pra vocês um pouco da minha experiência profissional e religiosa e como conjugo a vida de cristão e profissional em meio a tantas dificuldades.

Trabalho há 9 anos em uma empresa do ramo da saúde suplementar e hoje ocupo o cargo de Analista de Sistemas Junior. Em relação a minha vida religiosa, toco violão, canto e sou coordenador do grupo de música da Comunidade Nossa Senhora do Carmo e na paróquia da Catedral São Pedro de Alcântara. Além disso, toco em um louvor na paróquia de São Sebastião de Contendas localizada na cidade de São José do Vale do Rio Preto. Eu busco alguns princípios para viver os meus dias. O primeiro princípio é ser um bom ser humano pois, não há possibilidade de eu exercer meu papel cristão sem ser um bom ser humano e a mesma medida serve para ser um profissional. O segundo princípio é sorrir sempre pois, posso ser o único evangelho que meu próximo pode ler. Com isso, ao acordar, tenho duas possibilidades de demonstrar o Guto Oliveira: Sorrir e levar a vida com otimismo ou viver emburrado e contaminar todas as pessoas ao meu lado. Portanto, escolho sorrir e tratar bem, uma vez que, é uma das formas que Jesus me ensina pregar o evangelho sem dizer uma palavra.

No cenário corporativo, respeitar os princípios éticos da minha profissão já é um grande começo. A presença viva de Deus é perceptível em um cristão desde que ele se proponha a fazer o bem. Um dos grandes ensinamentos que aprendi com nosso saudoso Pe.Quinha foi comprometimento, fazer as coisas com amor e quando surgir alguma dificuldade no trabalho rezo uma Ave Maria. Nossa Senhora sempre me atendeu nesses momentos de dificuldades e sou feliz em todos os momentos que rogo a Maria Santíssima. Portanto, conciliar a vida cristã e a vida profissional é um desafio mas não impossível. Dificuldades, tribulações, tentações fazem parte do cotidiano empresarial e o mesmo acontece até mesmo dentro das Igrejas. Espero que essa minha partilha possa acrescentar algo positivo em sua vida. Agradeço a Deus a sua fidelidade e peço humildade para seguir em frente.

Deus abençoe!

Luís Augusto de Oliveira

Coordenador do Setor Juventude da Catedral (2008 - 2011)

EAC: Uma Longa História

Olá! Meu nome é Beatriz Vilardo, Fiz o primeiro EAC da Catedral e hoje vou contar um pouco dessa nossa trajetória.

Diferente das histórias anteriormente publicadas, a minha história com o EAC começa do zero. Do zero porque era não só o primeiro grupo de adolescentes da Catedral, mas o primeiro encontro para essa faixa etária, de forma que não tinha nem equipe própria, nem experiência. E, para completar, eu nunca tinha feito nenhum retiro religioso.

Mas para contar a minha história com o EAC, preciso voltar em 2008, pois ela começa com a entrada dos meus pais no ECC. Depois de anos sendo convidados para o Encontro de Casais com Cristo, eles finalmente aceitaram fazê-lo. Desde então, nossa família começou a frequentar as missas, festivais e almoços da Catedral - na época, tendo o padre JAC como pároco.

Pouco tempo depois, a paróquia ganhou o padre Brandão como vigário, e com ele o desejo de trabalhar com adolescentes. Na época, ela contava com um grupo de jovens, que eu via em um ou outro festival.

Foi em 2010 que fui convidada para fazer o 1º Encontro de Adolescentes com Cristo. Seria legal começar a participar de um grupo no mesmo ambiente que os meus pais frequentavam. Como era muito tímida, chamei algumas amigas para irem comigo.

Chegando na casa, éramos bem menos numerosos que a equipe – somente treze encontristas, divididos em dois times. Ali encontrei alguns rostos conhecidos de festivais e jantares que tinham na Catedral.

O encontro logo acabou e fomos convidados a perseverar aos domingos. Como éramos um grupo pequeno, o entrosamento aconteceu mais naturalmente, e deixamos de nos reunir apenas aos domingos. Vira e mexe, íamos à casa de alguém ou saíamos juntos só para estar em contato uns com os outros.

O ano foi passando e começamos a ser preparados para trabalhar no II EAC, que aconteceu em 2011. Dessa vez, o número de encontristas foi bem maior: 40 no total! Em 2012 foi a vez dos novos EACanos entrarem na equipe do III EAC, que contou com 32 adolescentes. O ciclo assim foi se renovando e o EAC crescendo e se tornando uma família mais numerosa – como costumávamos nos chamar. Em cada um dos encontros, os adolescentes eram convidados a viver o estilo de vida EAC, que contava com 3 carismas: alegria, oração e união.

Acontecendo sempre uma vez ao ano, os EACs seguintes contaram com a presença de 49, 35, 22 e 43 encontristas, nos anos de 2013 a 2016, respectivamente.

Depois de alguns momentos de oscilação, mudanças de pároco e vigário e participações em diferentes festivais e encontros, o grupo conta com uma equipe renovada – afinal de contas, com sete anos de existência, os adolescentes daquela época já não se enquadram mais nessa faixa etária.

Sou eternamente grata a esse grupo que iniciou a minha caminhada e perseverança na igreja, por ter me dado tantos amigos, que levarei para sempre em minha vida, e por ter me convidado a viver um novo estilo de vida. O EAC tem e sempre terá um espaço em meu coração.

Beatriz Vilardo

1º EAC Catedral

1º JoAM Catedral

Paixão, Morte e Ressurreição: Tudo Por Amor

 Caríssimos, neste texto venho falar-vos sobre as festas que se aproximam. A Páscoa está cada dia mais perto! A semana santa já se inicia, e já, já, estaremos comendo deliciosos chocolates! Mas, a nossa alegria pascal não deve limitar-se aos chocolates. Devemos buscar as coisas do Alto! Durante essa semana viveremos coisas maravilhosas, que só acontecem uma vez ao ano!

 No dia de hoje, Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, celebramos a entrada de Nosso Senhor na Cidade de Jerusalém. Ele é saudado pelo povo como um verdadeiro rei! As pessoas o saúdam com hinos e balançam ramos de Oliveira. Estendem seus mantos no chão formando um belo tapete para o Rei dos Reis! É triste pensar que dias depois, essas mesmas pessoas juntam suas vozes às vozes dos Mestres da Lei, para pedir a soltura de Barrabás, e a Crucificação de Nosso Senhor. Neste dia, o Senhor deseja entrar em nossos corações. Que possamos saudá-lo com toda a honra que Ele merece, mas, que depois, não façamos como os judeus que uniram suas vozes às vozes que levaram Cristo à Cruz.

 Na segunda, na terça e na quarta, não há ritos e celebrações específicas, mas há algumas piedades populares que são adotadas por várias paróquias. São elas: A Celebração das Dores de Nossa Senhora, o Sermão das sete palavras e a Procissão do Encontro. Em nossa paróquia celebraremos as Dores de Nossa Senhora nas comunidades, e faremos a Procissão do Encontro juntamente com a paróquia do Rosário na quarta-feira. Nesta Procissão relembramos e revivemos o Encontro do Senhor, a caminho do Calvário, e da Senhora que acompanhava de perto seu filho humilhado. Este Encontro é a quarta estação da Via Sacra.

 Na quinta-feira pela manhã, o Bispo celebra na Catedral a Missa dos Santos Óleos, onde ele e os Padres renovam as promessas de suas Ordenações. O rito principal desta Missa é a consagração dos óleos que serão usados nos Sacramentos: Óleo dos Catecúmenos, Óleo do Crisma e Óleo dos Enfermos. À noite celebramos a Missa da Ceia do Senhor, onde comemoramos a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. O Padre lavará os pés de doze pessoas da paróquia, relembrando e revivendo o lava-pés feito por Cristo. Após a Missa ocorre o Translado da Eucaristia, onde as reservas eucarísticas serão levadas para o Salão Paroquial, onde permanecerão até a Vigília do sábado. 

 Na sexta-feira à tarde, celebraremos a Paixão do Senhor, onde reviveremos a entrega total de Jesus para nossa salvação. A Celebração da Paixão se divide em três partes: Oração Universal, Adoração da Santa Cruz e Comunhão. Na Oração Universal a Igreja ora por todo o mundo. Do Papa aos ateus! Na Adoração da Santa Cruz, a Igreja venera profundamente A Árvore Fiel da qual brotou nossa salvação. Na Comunhão a Igreja se une ao Mistério de Cristo, saboreando-se no Fruto da Árvore da Vida! Em nossa Paróquia, após a Celebração, viveremos a Cerimônia do Descendimento da Cruz, onde revivemos o momento em que São José de Arimatéia retira da Cruz o corpo morto de Cristo. Depois segue-se a Procissão do Enterro (ou do Senhor Morto), onde juntos com a Virgem Maria levamos o Cristo morto para o Santo Sepulcro. Ao fim da Procissão, aqueles que desejarem poderão venerar a imagem do Senhor Morto e da Senhora das Dores em nossa Catedral.

 No (tão esperado!) Sábado Santo, a Igreja celebra a Vigília das vigílias, onde revivemos a Ressureição de Nosso Senhor. A Liturgia do Sábado Santo é a mais complexa do ano litúrgico. Ela começa com a Benção do Fogo Novo na porta da Igreja. O Círio Pascal é bento e acesso. Entramos na Igreja com as luzes apagadas. Ao passo que a Procissão avança, as velas dos fiéis vão-se acendendo. Ao chegar no Presbitério, o Padre cantará o Exultet, canto de anúncio da Ressureição. Depois, ouviremos atentamente as leituras e salmos que a Igreja nos preparou. Cantaremos alegremente o Aleluia para aclamar o Evangelho da Ressureição. Após a homilia, inicia-se a Liturgia Batismal. No seu início cantaremos a Ladainha de todos os Santos, após a Ladainha o Padre benzerá a água que será aspergida sobre o povo e, com a qual, batizará dois neo-catecúmenos. Renovaremos juntos as promessas batismais, e nossos irmãos serão batizados. Após estes ritos, segue-se a Liturgia Eucarística como normalmente. Depois da Vigília sairemos pelas ruas da cidade na Procissão da Ressureição, onde levaremos ao mundo a alegria pascal que estaremos vivendo.

 Desejo que cada um de nós, católicos, viva esta Semana Santa de forma intensa e profunda, como se fosse a última! Para isso contamos com a intercessão de Maria, que viveu de perto esses mistérios que estamos celebrando. São Pedro de Alcântara, rogai por nós!

                                         Marcos Paulo V. Mendes
                                        Cerimoniário e membro do Setor Juventude.