quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

JAP – Uma Nova Etapa


“Pois este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado.” Lucas 15,32.




    Para falar do JAP precisava começar com esse último versículo da parábola do Filho Pródigo.  Pois ela mostra o que foi que aconteceu comigo e o que acontece com a maioria dos jovens em que o JAP entra na vida deles.
     Mas afinal de contas, quem é esse tal de JAP? O JAP (Jovem e o Amor do Pai) é filho do Movimento Semente (olha que lindo!) criado pelo nosso grande e abençoado amigo, Padre JAC, voltado para jovens a partir de 18 anos. Começou como um encontro simples de um dia na Catedral. Existia um grupo de amigos em que se reuniam de vez quando para rezar o santo terço, mas nada parecido de como é hoje.  Após o encontro de 2014 (que a propósito, foi o que eu fiz!), surgiu uma grande vontade (benção do Espírito Santo) de perseverar. Aí, você leitor pensa: “Ah que ótimo, agora eles entram pra algum grupo do Setor Juventude da Catedral!”. ERROU MEU CARO AMIGO!! Lembra? Somos jovens com mais de 18 anos, a maioria na faculdade, trabalhando e com saudade da época de que a única preocupação era perder o desenho que passava na TV. Não dava pra ir pros outros grupos, pois já tínhamos (TEMOS) dores nas costas e não tínhamos “pique” pra acompanhar os mais novos!  E agora, José?!  O que faremos? E aí vem mais bênção, que então, aquele grupo de amigos passam a se encontrar semanalmente. A partir daí fomos caminhando e já com o nome de JOVEM E O AMOR DO PAI. No ano de 2015, tivemos outro encontro e mais amigos foram chegando. 2016 chegou, e chegou cheio de (boas) mudanças, Padre Adenilson nos dá nossa sigla-JAP-, entramos oficialmente pro Setor Juventude da paróquia, nosso encontro passa a ser de dois dias e nossas reuniões passam a acontecer às noites de sábado. Quanta coisa, né?! Acha que acabou? Que nada!!! Temos nosso slogan também!! Até a Gabi vai as nossas reuniões! E olha que aquele coração é difícil, hein!
    Hoje, posso dizer que o JAP atua na formação humana e Cristã. Sempre levando em conta que nossos jovens são jovens “há mais tempo” (e é maldade nos chamar de velhos). E que é natural chegarmos a certa fase da vida em que precisamos de “mais” e temos um pouquinho desse “mais”. Somos o último degrau do SJ da Catedral, mas pessoalmente prefiro pensar que somos os irmãos mais velhos do EAC e do JoAM porque aqui, aqui meu amigo, somos uma FAMÍLIA. E somos irmãos em Cristo.
E não posso deixar de agradecer ao Padre JAC, por esse filho do Movimento Semente. Ao meu amigo-irmão-diretor espiritual Padre Moisés que me trouxe de volta ao caminho do Pai. E por último, não menos importante, ao Padre Adenilson, que nos deu a oportunidade de continuarmos essa obra e por ter confiado ao Welington e a mim, a coordenação desse grupo tão amado.

Um grande abraço e fiquem com Deus.
Sara Sabadim Alves.

Coordenadora do JAP-Catedral.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Um pouco da História do Nosso Setor Juventude

“Jovens, se fores aquilo que Deus quer colocareis fogo no mundo”.
(Santa Catarina de Sena)

Foi me dada a missão de falar sobre algo que pela graça e bondade de Deus, aos trancos e barrancos, há quase dez anos funciona na Catedral: o trabalho com a juventude. Não sei se havia algum trabalho antes, só vou relatar aqui as experiências que tive com a juventude da Catedral a partir de 2009.
Todos os anos eu ia para Cabo Frio com a minha madrinha no período do Carnaval, mas quanto mais velha eu ficava, percebia que aquilo não me satisfazia não me preenchia. Eu já participava da Igreja em outra paróquia num grupo de perseverança, mas o meu conhecer sobre Deus ainda era muito superficial.
No início de 2009, eu e mais algumas pessoas fomos convidados a participar do Retiro de Carnaval com os jovens da Catedral. Eu aceitei, pois queria uma nova experiência. Então fui. Conheci novas pessoas, fiz novas amizades, edifiquei mais ainda as amizades antigas, mas principalmente me encontrei ali. Percebi que meu Carnaval se preencheu quanto Cristo veio ao meu encontro e eu me abri a Ele, pois a experiência que eu tive com Jesus nesse Carnaval foi indescritível.
O Carnaval passou e o fogo do Espírito Santo também. Não perseverei na Catedral, continuei na paróquia em que estava e mesmo perseverando, indo a Missa eu ainda dava uns vacilos mesmo que pequenos; poderia ser considerada uma “cristã Raimunda” (pé na igreja e pé no mundo).
Em 2010 novamente fui chamada para fazer o encontro de Carnaval da Catedral e eu fui. Lá foi minha decisão de querer ser realmente Igreja, que ser pé na igreja e pé no mundo não era pra mim.
O Carnaval passou e comecei a perseverar no grupo da Catedral, pois já estava em um período em que não estava tão frequente na minha antiga paróquia por conta de umas atividades que estava fazendo. Até tentei conciliar por um tempo e estava conseguindo, mas estava ficando cansativo, então optei por ficar somente na Catedral.
Todo domingo nos reuníamos na Catedral, animávamos, rezávamos, havia formação e o grupo caminhava muito bem. Certo dia fui convidada a trabalhar em um encontro para os jovens que iria acontecer em novembro de 2010, o EJC.
Era meu primeiro encontro fechado trabalhando, estava nervosa e apreensiva, mas Deus cuidou, capacitou e também fez o EJC ser um encontro maravilhoso. Infelizmente ele só aconteceu neste ano de 2010.
Se não me engano, umas duas semanas depois do EJC fui convocada para uma reunião na Catedral e já era para outro encontro, o EAC que é voltado para os adolescentes. Foi uma grande correria a preparação para este EAC, mas em compensação tínhamos a ajuda do pessoal de Cascatinha que estaria nos ajudando a passar o encontro. Foram apenas treze adolescentes naquele primeiro EAC e como eu encantei pela pasta do encontro. Após o término do encontro, comecei a frequentar as reuniões dos adolescentes, mesmo não tendo idade. Eu gostava de estar lá, não somente para ouvir a palavra de Deus, mas também pra ajudar quando fosse necessário.
Quando dava, eu participava das reuniões dos jovens e algumas vezes tínhamos momentos dos dois grupos se reunirem.
O ano passou e no Carnaval de 2011 juntamos os adolescentes com os jovens e que carnaval abençoado! Os grupos estavam caminhando bem, o EAC crescia e de alguma eu percebia que o grupo de jovens diminuía. Em 2012 os adolescentes do EAC foram fazer retiro em outra paróquia; também fui convidada a ir, mas optei por ficar na paróquia, pois sabia que eles precisavam mais de mim. Foram apenas onze encontristas, um encontro de muitas batalhas, mas também de muitas risadas, partilhas e principalmente ação de Deus.
Neste mesmo ano, nos despedimos do padre Brandão, ele que trouxe o EAC para Catedral e nos incentivava com o grupo de formação São Felipe Neri, e dávamos boas vindas ao padre com a melhor risada, padre Moisés.
O ano caminhou bem, havia me tornado coordenadora do EAC, então meus trabalhos aumentaram cada vez mais. Mas via que o grupo de jovens continuava a diminuir, os jovens traçavam seus caminhos em outras paróquias, ou simplesmente sumiam e foi acontecendo até permanecer somente o EAC como grupo na Catedral. O Papa emérito Bento XVI escolheu perfeitamente o ano de 2013 para ser o ano da fé, pois foi um ano onde não tivemos nosso retiro de carnaval depois de quatro anos consecutivos tendo, o EAC estava passando por uma crise muito séria a ponto de acabar.
O grupo do EAC só não acabou porque ali tinham pessoas que buscavam o mesmo ideal que o meu e não desistiram da obra. Em dezembro de 2013 realizamos o 4º EAC, o encontro com mais adolescentes de todos os EAC’s realizados na Catedral; foi um EAC com muita luta, raiva, choro, mas foi o que deu mais frutos pra Deus que até hoje caminham na Igreja. Este EAC também aconteceu sob a poderosa intercessão da Virgem Maria, pois o encontro encerrou no dia em que celebramos sua Imaculada Conceição (08 de dezembro).
Em 2014 retomamos os nossos trabalhos no Carnaval. O quão feliz fiquei em ter de volta o Retiro de Carnaval na Catedral. Foi simples, mas maravilhoso! Pouco depois do Carnaval, o padre Moisés me deu a notícia de que iríamos ter o JoAM na Catedral, visto que muitos adolescentes do EAC não eram mais tão adolescentes assim. Então em abril começou oficialmente as reuniões do JoAM Catedral. A partir daí começamos a estruturar o Setor Juventude para que nossos trabalhos ficassem mais organizados.
Em dezembro de 2014 deixei a coordenação do EAC depois de quase três anos a frente do grupo, pois estava assumindo no ano seguinte a coordenação do Setor Juventude do Decanato São Pedro de Alcântara. Mas saí com o sentimento de dever cumprido, com o Setor Juventude paroquial estruturado, o grupo de jovens, agora intitulado JoAM voltara a funcionar, o EAC mesmo com as lutas ficara de pé.
Atualmente devido aos meus trabalhos pastorais não posso estar tão presente nos grupos, mas fico imensamente feliz por estarem caminhando bem. Ainda há muito que crescer amadurecer, mas com o tempo isso será adquirido.
Esse texto pode parecer um tanto individualista pelo fato de estar falando de muitas experiências minhas, mas não há como falar do Setor sem falar de mim. É como se houvesse uma fusão e se tornasse uma coisa só. Se hoje tem uma juventude que busca a Deus na Paróquia São Pedro de Alcântara é porque há oito anos outros jovens deram seu sim para estar lutando por um ideal e mesmo com as batalhas se perpetua nos jovens que hoje participam nas reuniões de domingo na Catedral. Claro que hoje em dia muitas coisas mudaram, mas nunca devemos perder o essencial que é o amor de Cristo a cada um de nós. Muitas pessoas já passaram pelas nossas mãos em encontros e reuniões, mostramos a elas o que é ser cristão, o quão belo é ser e Cristo, mas nunca a obrigamos a ficar pelo simples fato de que Deus nos deu o livre arbítrio para tomarmos nossas decisões. Digo isso porque ao longo desses anos aprendi que quantidade NÃO é sinônimo de qualidade, muito menos de unidade, pois só são unidos aqueles que se deixam guiar pelo amor de Deus e a capacitação através do Espírito Santo.
A Paróquia e Catedral São Pedro de Alcântara só tem jovens hoje graças a esse pequeno grupo citado acima. A intenção é aumentar? Claro que é, mas aos poucos vamos moldando os demais até chegar o ponto de colocarmos finalmente fogo no mundo com o amor de Deus.
Agradeço ao Padre JAC por toda confiança concedida a mim e aos outros jovens com os trabalhos com a juventude, por ter acreditado em nossa capacidade; aos padres Brandão e Moisés por terem trazido a nossa paróquia obras tão maravilhosas que são o EAC e JoAM e também pela amizade e apoio; ao padre Adenilson por dar continuidade ao trabalho com os jovens, o apoio que recebemos é fundamental para nosso crescimento; aos jovens que hoje nem são tão jovens mas que foram canais da graça na minha vida no retiro de carnaval de 2009; aos casais do ECC e os que também não são por sempre ter nos ajudado quando precisamos; e ao povo do EAC, JoAM e JAP pela perseverança de vocês!



Que não possamos ESTAR na Igreja, mas que SEJAMOS Igreja!
Deus abençoe cada pessoa que ler este texto enorme.

Jessica Brito da Cruz Loureiro
Ex-coordenadora EAC Catedral

Coordenadora Setor Juventude Dec. São Pedro de Alcântara

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