Olá caros
leitores, hoje venho falar sobre uma realidade que vivo há quatro anos, um mês
e dezesseis dias: meu namoro. Na verdade, o foco não é falar sobre o meu
relacionamento propriamente, mas ele será usado como exemplo aqui.
O texto será uma
reflexão sobre essa realidade que muitos jovens vivem, mas que muitas vezes não
conseguem enxergar o seu fim último que é o casamento.
Quando pensamos em
namoro, pensamos que é estar com a pessoa que gostamos estar com sua família, conhecer
os amigos um do outro, sair para se divertir, presentear um ao outro... Isso de
fato são características do namoro, porém, o namoro vai além.
Quando um casal
começa a namorar, eles têm a missão de levar esse namoro até o casamento e não
para ter uma experiência de um determinado tempo. – Mas como eu, tendo apenas um mês de namoro posso pensar em casamento?
– Se você chegou até aqui na fase do namoro e não pensa em levá-lo até chegar
ao matrimônio, é porque você não está apto e não é digno de estar namorando tal
pessoa, pois começar um relacionamento com alguém envolve muitas coisas na vida
de ambos: família, amigos, cotidiano que acabam sendo transformadas ao iniciar
um relacionamento sério. Mas se você está apenas com o intuito de curtir o
momento, é melhor nem começar a namorar.
- Gosto da pessoa e ela também gosta de mim,
mas no momento não queremos algo sério. Podemos apenas ficar? - Hoje em dia
isto é modinha em todas as idades. Confesso que quando tinha entre meus 13 a 15
anos fiquei com alguns meninos, mas quando Deus entrou de fato em minha vida
isso mudou. Hoje em dia, a pessoa que não fica é taxada como um extraterrestre,
mas não é assim que a banda toca. Se o casal se gosta, porque já de cara não
começar a namorar? Ou então não fazem algo chamado discernimento?
O discernimento é
um período antes do namoro onde o menino e a menina saem, conversam, rezam,
aprofundam sua amizade e seus sentimentos para ver se de fato dará em namoro.
Muitas das vezes esse gostar que foi mencionado acima, pode ser apenas uma
atração física e até mesmo uma admiração pela personalidade da pessoa que esta
transparece. A partir do discernimento, a pessoa se abre mais e ambos vão
percebendo ali se é válido ou não dar o próximo passo que é o namoro. Para
começarem bem o namoro, não fiquem (que é pecado e também não vale a pena),
façam discernimento, pois vocês conhecem a pessoa pela conversa e não pela
troca de saliva, pois o beijo é característica do namoro e não de um momento.
Mas voltando ao
foco principal, o namoro é amadurecimento, discernimento do casal para o
casamento. Durante o namoro conhecemos mais afundo aquele que está ao nosso
lado. Conhecemos seus defeitos, sonhos, medos, qualidades, manias... E durante
este tempo vemos a direção de Deus na condução do relacionamento. O bom deste
período do namoro é que vemos se de fato a pessoa que no qual estamos juntos é
realmente aquela pessoa que Deus preparou para nós, pois assim não acabamos nos
frustrando ao casar com alguém que no namoro era uma coisa e dentro do
casamento se torna outra; porque realmente há namoros que não dão certo, mesmo
que o casal lute para que dê certo, pode ser que eles se saiam melhor como
amigos do que como namorados.
Ao longo desses
meus quatro anos de namoro, percebi algumas características que são pelo menos
para mim, fundamentais que podem ajudar no namoro:
Presença de Deus:
não adianta namorar se você e seu namorado (a) não buscam ter intimidade com
Deus, não buscam viver os sacramentos, não deixam que Deus seja o centro no
namoro.
Amizade: meu
namorado é meu melhor amigo. Compartilho com ele meus momentos de alegria e
tristeza; da mesma forma ele compartilha as mesmas coisas comigo.
Ciúmes: ciúmes não
é bom. Dizem por aí que é bom sentir, que é como se fosse um cuidado a mais com
a pessoa, mas não é. O ciúme é falta de confiança e insegurança do lado de quem
é ciumento. O ciúme não é demonstração de amor, mas sim algo que desgasta e
empobrece o namoro.
Confiança: de nada
vale estar com alguém se não confia nela. Um dos pilares do namoro é a
confiança, se ela não existe é melhor sair do relacionamento.
Brigas: os mais
experientes no quesito relacionamento dizem que as brigas são fundamentais num
relacionamento, pois de alguma forma dá uma esquentada na relação (estou sendo
irônica nesta frase). A briga é outro desgaste no namoro, não vale a pena.
Tudo, absolutamente tudo, pode se resolver numa boa conversa onde ambos expõem
os problemas para que juntos possam ser solucionados.
Chiclete/grude:
ser casal chiclete tem um limite. É legal ficar todo o mi mi mi fofo, mas tem
limite. Digo, ter limite no quesito “até onde estou levando meu namoro”: muitas
vezes quando alguém começa a namorar, o namorado (a) acaba se tornando o centro
de tudo e o resto se torna algo inexistente. O namoro não pode ser assim! Eu e
meu namorado saímos juntos, saímos com os nossos amigos, eu saio com os meus
amigos e ele sai com os amigos dele. Isto é um exemplo, porque não faço do meu
namorado centro da minha vida, da mesma forma que ele não me faz centro da vida
dele. Respeitamos um ao outro, pois sabemos que antes de começarmos a namorar
tínhamos nossos amigos e nossas rotinas e o que agora fazemos um pelo outro é
SOMAR nessas áreas.
Paciente: ter
paciência no namoro é um grande desafio, meu namorado que diga (risos). A
paciência é essencial para que o namoro dê certo; paciência nas tribulações e
principalmente na questão de se viver a castidade no namoro, ou seja, guardar o
sexo só para depois o casamento (há outras coisas também que envolvem viver a
castidade dentro do namoro). Eu poderia falar mais sobre esse assunto aqui, mas
este tema pode ser abordado separadamente em outro texto exclusivo para o blog.
Enfim, o namoro é
um caminho para o casamento. A cada dia vamos discernindo o que agrega ou não
no relacionamento. É um momento de novas experiências, aprendizados,
amadurecimento. Aprendemos com o tempo que a paixão passa e é substituído pelo
amor, que mesmo sem dizer uma palavra estar na presença do outro é o que basta,
é doação um pelo outro porque somos incumbidos de fazer o outro feliz, saber
ouvir, ser paciente, é acordar todos os dias e ter o desejo cada vez maior no
coração de querer levar aquele (a) que se ama para o céu. Vivendo tudo isso,
colocando Deus a frente de tudo, Ele nos direciona ao matrimônio e assim o
casamento se torna frutífero e enraizado em Deus.
Que vocês possam
viver bem o período do namoro viva-o de forma conjunta com Deus para que Ele
possa fortifica-los. Aos que ainda não namoram, acalmai-vos! Não é o fim do
mundo, pois você pode ser muito novo (a) e imaturo para isto ou então Deus te
chama para viver outra vocação.
Que a Sagrada
Família, seja o modelo para os namorados que buscam viver o namoro em união com
Deus e buscam formar uma família santa!
Deus os abençoe e
que Nossa Senhora interceda por todos!
Jessica Brito da
Cruz Loureiro
Coordenadora EAC
Catedral (2012 – 2014)
Coordenadora Setor
Juventude Dec. São Pedro de Alcântara (2015 - Atualmente)
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