Olá para você que está lendo esse
texto, eu me chamo João Gabriel, tenho 15 anos e atualmente participo do grupo
jovem EAC, na catedral. Aqueles que já me conhecem há mais tempo, me conhecem
por Joka, você que não me conhece há mais tempo não precisa se preocupar, esse
apelido não é exclusivo para esse tipo de pessoa... pode me chamar assim
também.
Enfim, eu não vim aqui para ficar
falando sobre mim, e sim, sobre algo muito importante que aconteceu por volta
de duas semanas atrás, no sábado dia 28/10, essa coisa, foi uma visitação
realizada pelos jovens da catedral (JoAM e EAC) a uma casa de repouso aqui de
Petrópolis, donde fomos “encarregados” de conversar e levar alegria para
aquelas pessoas.
Alguns podem estar até se
perguntando “o que é uma casa de repouso?”, pois bem, irei clarear a sua dúvida:
uma casa de repouso, também chamada de asilo, é um lugar onde pessoas idosas
são deixadas para serem cuidadas por pessoas especializadas, muitas vezes
abandonadas lá por suas próprias famílias, algumas chegam a visitar esse idoso
e outras acabam por largá-los sem dar qualquer satisfação. E foi por esse motivo,
que nós fomos para até lá, levar alegria para essas pessoas. Mas se tem uma
coisa que já preciso deixar bem claro aqui antes de tudo, é a seguinte: Nós
fomos para dar, e nós que recebemos! Ao decorrer do texto entenderão o porquê
dessa frase!
Como já falei algumas vezes aqui,
essas pessoas muitas vezes são abandonadas e obviamente por serem abandonadas,
elas não ficariam felizes não acham? E foi isso que percebemos com muito dos
idosos com os quais conversamos, eles vivem uma vida, digamos, solitária, triste
e decadente, pois imagine como deve ser alguém com mais de 80 anos de idade,
cheio de histórias para contar, mas ninguém com quem compartilhar. Algo assim é
muito triste e difícil de aguentar. Imagine você nessa descrição, você como um
idoso ver vários jovens chegando para dar alegria, para dar ouvidos ao que você
tem a dizer, isso é simplesmente algo maravilhoso, pois é como se você vivesse
anos em meio a uma escuridão e simplesmente viesse um clarão, um clarão de
alegria e compreensão para te livrar de toda aquele sentimento de solidão,
tristeza e abandono.
No início quando eu estava chegando,
fiquei completamente nervoso por não saber o que fazer, pois essa já era a
minha 2ª visitação a uma casa de repouso e na primeira, eu fiquei com tanta
vergonha que não conseguia nem ao menos me mover para ir conversar com um
deles, eu via meus amigos conversando e eu só observava. Saí aquele dia sem ao
menos conversar com um deles....
Dessa vez, tudo foi muito diferente,
pois consegui conversar com vários desses idosos, percebendo toda aquela
descrição que eu fiz acima, ouvindo todas aquelas histórias vindas de um
sorriso no rosto de cada um deles. Para ser sincero, algumas não eram tão boas,
porém, o que mudava isso, era apenas o sorriso, um sorriso de alguém contente
por ter alguém ali presente, um sorriso de alguém solitário que foi
transformado em um sorriso de alguém revigorado cheio de alegria. Tudo isso foi
algo que fomos para levar, mas que no fim das contas, nós é quem refletimos
esse sorriso, pois ao ver aquelas pessoas alegres, nós é que sentíamos essa
vontade de estar alegre. Por assim dizendo, estávamos refletindo a alegria de
alguém que há muito tempo não sorria.
Depois de passar por toda essa
experiência, o que mais me deixou feliz, foi quando alguns deles perguntaram
quando nós iríamos voltar e ao ouvir isso eu senti meu coração palpitando e
quase saindo pela minha boca de tanto amor que sentiu, pois isso provou ainda
mais de que eles gostaram da nossa visita, gostaram de ter aquele sentimento de
escuridão substituído por um imenso clarão de alegria, por pelo menos algumas
horas...
Sem sombra de dúvidas, essa foi uma
das melhores experiências de amor que já tive, essa será uma visita que não
irei esquecer. E enquanto escrevia esse texto me veio uma reflexão, que é a
seguinte: Quando eu falei sobre eles terem esse sentimento de abandono e
escuridão, me lembrei de todos nós quando nos sentimos desamparados, nos
sentimos da mesma forma, abandonados, esquecidos, solitários... E quando
chegaram os jovens, foi como se Cristo estivesse chegando a nossa vida, para
iluminar a nossa escuridão e reacender a chama que há em nosso coração. No
nosso caso ele vem e nos clareia com o seu amor, de uma forma que faz com que
não queiramos que Ele vá embora, assim como os idosos queriam que voltássemos
novamente outra vez, isso se encaixa perfeitamente quando dizem “Como
católicos, devemos ser exemplo fiel de Cristo aqui na Terra”, devemos espalhar
o amor de Deus na Terra, assim como Ele espalhou o Seu , entregando o Seu
próprio Filho na cruz, apenas, por amor a seus filhos, que tanto pecam, tanto
desandam, tanto se corroem, mesmo fazendo tudo isso, Ele como Pai, não deixa de
nos amar, então, que possamos pensar sobre isso, pensar sobre essa reflexão.
Bom com isso encerro o meu texto com
mais de 1000 palavras. Se você leu até aqui parabéns e obrigado! Deus lhe
abençoe! Tenham uma ótima semana.
Um
grande abraço e nos vemos na Catedral!
João Gabriel
5° EAC da Catedral
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