Olá,
meu nome é Gabriela, tenho 20 anos. Estou no 6° período do Curso de Pedagogia e
atualmente coordeno o Setor Juventude da paróquia de São Pedro de Alcântara.
Nos
foi proposto nesse texto refletirmos um pouco sobre um tema, importantíssimo
para nossa vida de Cristãos. Porém, muitas vezes, temos um pouco de medo. Medo
da nossa vontade não ser a mesma que a de Deus. Diante dele, nos é pedido
coragem, pois aquele que nos criou, sempre tem o melhor preparado para cada um
de nós. Só precisamos olhar além do medo e confiar nos seus planos. Vamos lá,
então.
Durante
o mês de agosto a Igreja nos convida a rezar e a refletir acerca das vocações.
A
palavra vocação vem do latim VOCARE, que quer dizer: convocar, escolher, chamar.
Ou seja, é uma convocação, uma escolha de Deus por uma alma, para cumprir uma
missão. Um chamado de Deus.
Em Efésios 4,11-12, temos:
“11 A uns
ele constituiu apóstolo; a outros profetas; a outros evangelistas, pastores,
doutores,12 para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa
que visa a construção do Corpo de Cristo. “
Com
essa passagem, podemos refletir e ver que cada um de nós somos chamados a uma
missão e que esta missão contribui para a edificação do Corpo de Cristo, que é
a Igreja. Com isso, nos colocamos diante de uma pergunta: Para que serve a minha
vida? Para que sou chamado?
Para
encontrar uma resposta para essa pergunta, o primeiro ponto e algo essencial, é
não ignorarmos a existência dessa pergunta, e leva-la a sério, pois, não
ignorando a pergunta, iremos atrás de uma resposta. Assim começaremos a
percorrer o caminho que nos levará à resposta.
Diante
desse caminho encontraremos sinais. E como entende-los? Como esclarecer as
dúvidas?
Há
um tempo, logo no início das minhas direções espirituais, meu diretor
indicou-me um livreto que trata exatamente sobre essa questão. Gostaria de
compartilhar com vocês alguns critérios que ele apresentava e que pode nos
ajudar a reconhecer ao que somos chamados.
O
livreto traz a reflexão do padre Julián Carrón com um grupo de formandos sobre
o tema vocação.
O
primeiro critério que ele destaca para a descoberta da vocação é reconhecermos
os nossos dotes naturais. Ou seja, cada um de nós traz consigo uma série de
capacidades, dons que nos foram dados por Deus e que precisamos colocar a
serviço, pois nos foram dados por algum motivo.
Por
isso, estar atento aos nossos dons nos ajuda no discernimento vocacional. A
simplicidade e a sinceridade de olhar e reconhecê-los é o primeiro sinal que a
realidade a qual somos chamados nos oferece.
Fomos
criados para algo, todos somos chamados a uma vocação. E com isso, os dons que
o próprio Deus nos deu, nos ajudará a realizar esse chamado.
O
Segundo Critério é estarmos atentos às circunstâncias inevitáveis, pois elas
determinam a possibilidade ou não de fazermos certas coisas. Por exemplo: Um
atleta que pretende ir às olimpíadas, mas acaba sofrendo um acidente e fica
impossibilitado de participar. Imaginem que ele teime em ir. Isso seria um
capricho, uma imprudência. Prejudicando até mesmo sua recuperação.
D.Giussani
dizia: “A circunstância inevitável é 100%
sinal do caminho a ser seguido. Por isso, não existe nada mais amigo, do que a
circunstância inevitável. ”
Abraçar
as circunstâncias como parte do caminho é elemento fundamental para esperar
como o Senhor nos fará chegar ao destino. Tudo se torna instrumento para a
vocação.
O
Senhor nos guia através dessas circunstâncias.
O
terceiro critério é atentar para a necessidade do mundo e da comunidade Cristã.
Do que o mundo precisa? Do que a Igreja precisa?
Haverá
momentos que a urgência será por homens e mulheres que façam a diferença no
trabalho, na família. E outros momentos em que será necessário homens e
mulheres que se entreguem totalmente a Deus. Estar atentos a essas necessidades
também fazem com que desperte em nós, a possibilidade de servir ali, porém a
decisão deve nascer do conjunto de todos os fatores.
Com isso se torna indispensável outras coisas,
como:
- Uma sincera e profunda vida de oração. Para
que possamos estar atentos aquilo que o próprio Deus nos diz. Nada melhor do
que obter as respostas da própria Pessoa que nos chama.
- O acompanhamento de um diretor espiritual.
Uma pessoa que será instrumento de Deus, para nos orientar e nos direcionar,
para que atentos ao chamado de Deus, seguimos o caminho correto, já que às
vezes temos pressa em encontrar a resposta e acabamos indo pelo caminho errado
por não esperamos a clareza dos sinais.
Amigos,
precisamos durante todo o caminho estar abertos a vontade de Deus. Pois muitas
vezes, podemos ver com clareza e não estar disponíveis para acolhê-lo.
Porém,
“A escolha entre um caminho e outro não
pode ser uma criação nossa, mas deve ser um reconhecimento nosso. Devemos
reconhecer algo para o qual fomos destinados. Não deve ser uma decisão nossa no
sentido de que a nossa vontade construa a própria posição, mas no sentido de
que a nossa liberdade adira a indicação que nos assinala o caminho”, diz
padre Carrón aos estudantes.
A
vocação não é uma ordem. É um convite de Cristo, temos a liberdade de aceitar
esse chamado ou não. Porém, fomos criados para uma missão e a nossa felicidade
completa, plena depende dessa realização. Uma realização pessoal e até mesmo de
outras pessoas, pois a adesão à nossa vocação influência diretamente na
edificação do corpo de Cristo, que é a Igreja. Já que cada um de nós possui um
chamado e foi criado por Deus com esse chamado dentro de si. Nosso desafio é
estarmos a atentos e identificar a que fui chamado. Com o que Cristo conta
comigo.
Que
possamos aproveitar esse mês de agosto, para rezarmos por todos os sacerdotes,
seminaristas, consagrados, casais, leigos que conhecemos e os que não
conhecemos para que Cristo continue colocando em seus corações a certeza da
vocação a qual foram chamados. E que possam cada vez mais se enraizarem em
Cristo e através do testemunho desses, que ouviram a voz do Bom Pastor e O
Seguiram, nasça em nosso coração o desejo e a responsabilidade de também
ouvirmos a voz do Bom Pastor e o seguir.
Nosso
blog, durante esse mês, nos ajudará também a refletir sobre as vocações. Tais
como, vocação sacerdotal, religiosa, matrimonial e dos leigos. Com isso,
poderemos juntos percorrer esse caminho que nos levará à felicidade eterna. Estejamos
atentos à voz do Bom Pastor.
Que
possamos aumentar nossa atenção ao Chamado de Cristo que já acontece em nossas
vidas. Mesmo que ainda tenhamos dúvidas sobre qual vocação seguir, existe uma
que é para todos e que passa por todas que é a vocação à Santidade.
Quanto
mais buscarmos a santidade, mais próximos de Deus estaremos e assim, quanto
mais próximos Dele, mais fácil ouvir sua voz.
Que Nossa Senhora de
Fátima interceda por todos nós!
Gabriela Correa Ramos
II EAC Catedral – 2011
JoAM Diocesano – 2014
Coordenadora do Setor Juventude - Catedral
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